quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A QUEM ENVIAREI?

A quem enviarei?
Quem irá por mim?
Vejo a criança cansada a  chorar
Vejo o triste ancião à morte esperar
Vejo a faminta mãe sem forças pra lutar
E tantos outrora fortes, sem os olhos levantar

Quem irá por mim?
Até quando esperarei?

Sou Eu a  criança
Também sou o triste ancião
Estou na mãe faminta a esperar pelo seu pão
Estou nas ruas e nas prisões
Nos hospitais,  orfanatos  e quarteirões

São vidas essas por quem padeci
Por ti esperam para que a mim possam ouvir

Rosana K. Bulgakov
Maio/2002

terça-feira, 3 de novembro de 2020

O ESPÍRITO DA ÉPOCA





        Algo que começo a me cansar de ver acontecer sempre que  tentam justificar práticas não ensinadas por Cristo é a falácia do discurso de ódio dos cristãos.
     Embora a história também relate perversidades praticadas por cristãos, principalmente na chamada Era das Trevas, essas foram práticas de grupos que transformaram o evangelho de Cristo em religiosidade, e a base cristã da prática do bem em Causa Moral.

        Acho que está na hora de se fazer perceber  que  foram os cristãos  as maiores vítimas do discurso de ódio na humanidade. Senão, dê uma passeada no livro de Atos dos Apóstolos. Sempre onde chegavam e pregavam a Palavra, ou eram presos ou espancados.

        Veja o caso da menina que tinha um espírito de adivinhação e que dava muito lucro para os seus senhores e como os apóstolos foram açoitados com varas e lançados na prisão pelos moradores da região por haverem  expulsado o espírito imundo dela.

        Mais adiante, em Atenas, presenciamos o quanto Paulo sentia-se perturbado por ver a cidade tão entregue à idolatria e  como foi escarnecido por pregar a Jesus e a ressurreição  dos mortos.

       Em Éfeso, onde havia o grande templo da deusa Diana, adorada pelos efésios e pelo mundo de então, o Evangelho pregado por Paulo começou a tirar o lucro daqueles que faziam imagens de escultura, pois a multidão dos que criam na Palavra entendia que não eram deuses o que se era feito por mãos humanas. 

       Ao relatar sobre isso em 2 Coríntios ele diz: Não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos da própria vida. Esse relato mostra a natureza do sofrimento e da perseguição que sofreram pela verdade.

        Em Jerusalém os judeus os acusavam de pregar contra a circuncisão e "por isso" procuraram matá-los.

        Há registros de que Pedro e André foram crucificados  por amor a Cristo e ao que ele os incumbiu de ensinar, não sem antes sofrerem muitas torturas.

        Cogita-se que João teria sido lançado vivo em óleo quente. 

     Muitos foram apedrejados, degolados, queimados vivos, enforcados e sofreram toda sorte de atrocidades por amor ao Evangelho.

         A própria atualidade mostra isso, quando vemos cristãos sendo degolados na França, outros sendo sequestrados e mantidos em cativeiro no Mali até que resolvam quando matá-los. 

           Milhares  na  China sendo impedidos de professarem sua fé publicamente, já que lá, a única fé permitida é o ateísmo. 

       Na   Coréia  do Norte, onde o ditador comunista deve ser reverenciado como um deus, a doutrinação anti-cristã é tão intensa ao ponto de as crianças delatarem seus próprios pais às autoridades comunistas.

           Na Nigéria há frequentes casos de cristãos sendo sequestrados pelo grupo terrorista Boko Haran, que   não poupa  nem mesmo as   crianças, as transformando em escravas ou noivas dos militantes.

         Então, há muito que se rever sobre supostos "discursos de ódio" que o cristão teria ao pregar a salvação em Cristo.

        Pois o que eu vejo na história e na  presente época é que há sempre uma desmoralização do Cristianismo e de suas bases, fruto de uma influência ideológica anti-cristã, já que os valores cristãos são um impedimento para que os engenheiros sociais redefinam a sociedade.

         É muito conveniente chamar o cristão de retrógrado ou intolerante quando o espírito da época quer que eles sejam vistos dessa forma.

         Como consequência disso,  vemos famílias sendo destruídas e práticas degradantes sendo cada vez mais divulgadas e valorizadas.

        Seguindo na  contra-mão do que é difundido, o Evangelho vem para dizer ao mundo: Chega de práticas para se chegar a Deus, Ele mesmo veio até você. 

          Veio pra dizer que o grande sacrifício já foi feito, não são necessários outros mais.

          Veio para dizer que quem bebe da fonte que Cristo dá nunca mais volta a ter sede, e por isso, não há necessidade de se beber de outras fontes.

          Veio para quebrar as correntes que impedem a alegria da Salvação e sem barganhas!

Veio para trazer a consciência e, como resultado dessa e do arrependimento, o perdão do nosso pecado.

          O Evangelho de Cristo é mais que um legado a ser passado às gerações. É libertação!

        A libertação que transcende as circunstâncias, o que torna capaz o cristão sofrer as mais terríveis perversidades.

         Jesus mandou que fôssemos ao mundo inteiro e fizéssemos discípulos em Seu nome. Isso é muito mais que abraçar o mundo e dizer que Deus o ama. Significa apontar para esse mundo o Caminho.


Rosana Bulgakov


Fontes: Bíblia, Missão Portas Abertas, Citizengo.org, Terça Livre

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