A quem enviarei?
Quem irá por mim?
Vejo a criança cansada a chorar
Vejo o triste ancião à morte esperar
Vejo a faminta mãe sem forças pra lutar
E tantos outrora fortes, sem os olhos levantar
Quem irá por mim?
Até quando esperarei?
Sou Eu a criança
Também sou o triste ancião
Estou na mãe faminta a esperar pelo seu pão
Estou nas ruas e nas prisões
Nos hospitais, orfanatos e quarteirões
São vidas essas por quem padeci
Por ti esperam para que a mim possam ouvir
Rosana K. Bulgakov
Maio/2002
Nenhum comentário:
Postar um comentário