sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Reino de Deus




"Meu coração ferve com palavras boas", já dizia o salmista.
Davi, mesmo vivendo no tempo da lei, era consciente da Graça. Por isso ele não pensou duas vezes quando comeu dos pães da proposição quando teve fome...
Sempre gosto de recordar que a lei, a moral ou seja o nome que dermos às práticas humanas com a intenção de barganha com Deus, nunca poderá nos aproximar dEle. Nossas justiças são como trapo de imundícia, como disse Isaías.
E daí, vamos então deixar de praticar o bem por termos sido justificados única e exclusivamente pela fé no Filho de Deus?
Obviamente que não. Aliás, quem vive na consciência da Graça vive em graça. Esta se manifesta no andar de olhos abertos para as necessidades do nosso próximo.
A água que se tornou em fonte dentro de nós leva graça, amor e misericórdia ao nosso redor. De fato, ela se tornou em bem para a nossa própria existência.
Nessa consciência, perde todo o poder de controle aquilo que é fora do Evangelho.
Faço o bem por causa do bem que Deus, em Cristo, me fez. Não o faço com a inteção de chamar a atenção dEle, pois o preço já foi pago.
Infelizmente há muita gente vivendo nesse estado de culpa e de dívida para com Deus. Tem-se que estar fazendo alguma coisa. De fato, a religião é experiente no negócio da culpa. Ela lucra com a culpa dos homens.
Querido amigo, em Cristo não há mais culpa! Deus reconciliou consigo o mundo! Basta apenas arrepender-se e crer.
Tenha isso em mente e no coração, e só então você verá como o dar fruto se tornará um processo natural na sua vida, aliás, divino, pois é de Deus que vem o nosso fruto e não de nós mesmos.
Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça não tem nada a ver com ir à "igreja" em determinados dias, fazer campanhas sem fim, fazer penitências ou promessas de leituras bíblicas ou determinadas horas de joelho. Aliás, nem mesmo fazer uma oração "forte" se configura em Reino de Deus.
Reino de Deus diz respeito à prática do bem ao próximo. Deixar de lado o egoísmo e andar de olhos abertos, como vemos no contexto de Mateus 6. Este capítulo começa com algumas recomendações sobre a prática do bem que não precisa de testemunhas. E isso só faz algum sentido quando não o faço para ter alguma coisa, mas porque já o tenho, em Deus.
É o bem para a própria vida. A seiva da árvore na qual estamos ligados.

Rosana K. Bulgakov

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